quarta-feira, 16 de junho de 2010



Tudo isso dói.
Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque deve ser assim, e virá outro ciclo, depois.
Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto:'
Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?'

É o que estou tentando vivenciar.
Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis, becos-sem-saída.
Nada é muito terrível. Só viver, não é?
A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa. O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque não estou fluindo.



Caio F. Abreu

3 comentários:

  1. Daí tem um trecho de carta, conto, romance, não sei, mas que é do Caio que é bem assim, ó:

    "E até me divirto e descubro a gota de mel no meio do fel. Colei aquele `Eu amo você` no espelho. É pra mim mesmo".

    Um beijo

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  2. As veses nos perdemos dentro de nos mesmos e
    não conseguimos nos comprender muito menos fluir...
    Maravilhoso post! to te seguindo...

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Oooi Queridoos
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